O deputado federal Lindbergh Farias (PT-RJ), namorado da presidente do PT, Gleisi Hoffmann, foi ao X – antigo Twitter – criticar as falas do ministro da Defesa, José Múcio Monteiro, sobre o envolvimento de militares nos atos de 8 de janeiro deste ano.
Na entrevista, Múcio reconheceu que não houve golpe porque o Exército não quis.
Ele disse ao Globo:
“Pode até ser que algumas pessoas da instituição quisessem, mas as Forças Armadas não queriam um golpe. Você pode dizer: ‘No governo anterior havia pessoas que desejavam o golpe’, mas não havia um líder que dissesse assim: ‘Nós queremos, eu sou o chefe, vamos’. Não existe revolução sem um chefe.”
Lindbergh não demorou muito para se manifestar.
Para ele, a fala foi uma “defesa de uma anistia prévia” para os militares e para o ex-presidente Jair Bolsonaro.
“Uma das linhas mais importantes da investigação conduzida pelo STF é sobre a autoria intelectual dessa tentativa de golpe. O próprio Mauro CID em sua delação premiada revela que foi o próprio Bolsonaro que aprovou uma minuta do golpe que falava em anulação das eleições e prisão do Ministro Alexandre de Moraes. Essa fala é quase a defesa de uma anistia prévia da cúpula golpistas, de militares envolvidos na trama e do próprio Jair Bolsonaro”, disse Lindbergh.
“Outra coisa, ministro, teve sim setores importantes das Forças Armadas que participaram do planejamento e da execução dessa tentativa de golpe. Temos a oportunidade histórica de ver esses militares sendo julgado pelo Justiça, no caso o STF. No golpe militar de 64 não houve isso”, acrescentou.
“Nem os que participaram daquele episódio de atentado a bomba no Riocentro foram presos. Falo isso não por vingança, mas por ter certeza de que se não houver punição, eles voltarão a atentar contra a democracia em breve”, concluiu.
O Antagonista