A Folha informa nesta quinta-feira, 4, que governadores de oposição ao governo Lula vão desfalcar o palanque petista durante o ato alusivo ao 8 de janeiro, que está sendo planejado pelo Palácio do Planalto na próxima segunda-feira.
Lula pretende realizar um evento com aproximadamente 500 convidados. Na plateia, estarão ministros do Supremo, deputados e senadores, governadores, entre outras autoridades e representantes da sociedade civil.
Mas nem nisso o governo federal conseguiu ser original. O mote da campanha será “Democracia Inabalada” – o mesmo lema adotado pelo STF dias após os ataques.
Os governadores de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), do Paraná, Ratinho Júnior (PSD), de Santa Catarina, Jorginho Mello (PL), do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL), e de Goiás, Ronaldo Caiado (União), não devem comparecer ao evento.
Tarcísio e Eduardo Leite estão de férias; Zema e Castro não querem criar desconforto com o ex-presidente Jair Bolsonaro; Jorginho Mello e Ratinho Júnior já tinham outros compromissos agendados e Caiado fará um check-up. Em dezembro de 2022, o chefe do Poder Executivo goiano foi submetido a uma cirurgia no coração.
“Eleito com o apoio de Jair Bolsonaro (PL), Tarcísio manteve interlocução republicana com Lula e criticou pontualmente o governo federal, apesar dos apelos da direita bolsonarista para que se engajasse mais na oposição ao petista. Participar do evento do próximo dia 8, no entanto, seria demais e criaria um constrangimento, de acordo com aliados do governador”, informa o jornal sobre Tarcísio de Freitas.
“O entorno de Tarcísio considera que o ato de Lula, que chegou a ser descrito como “firula”, tem um caráter mais político do que institucional e tende a ser esvaziado. Há quem veja o 8 de janeiro passado como um ato de vandalismo, mas não de golpe de Estado”, acrescenta a Folha.
Pelo jeito, os governadores sacaram que Lula está louco por mais outra boa foto.
O Antagonista