São Paulo – A Polícia Civil deve investigar uma terceira pessoa que passou a madrugada do dia 25 com o youtuber Carlos Henrique Medeiros, de 26 anos, encontrado morto no quintal da casa de um casal de amigos, em Itapecerica da Serra, Grande São Paulo, no último dia 30. Renan José, de 28 anos, e Caroline Mello, de 24, se entregaram à polícia no dia 31 e admitiram que enterraram o corpo de Carlos Henrique.
O influencer era conhecido pelos vídeos de pegadinhas no YouTube e tinha quase 2 milhões de inscritos em seu canal na plataforma.
A terceira pessoa investigada é irmã de Caroline. Segundo a versão apresentada pelos suspeitos à polícia, ela estava fazendo sexo com Carlos Henrique quando ele passou mal e morreu. O casal afirma que o youtuber usou drogas durante toda a madrugada.
“Em tese, ela será investigada. Vamos analisar agora tudo o que foi feito durante o plantão para tomar as próximas providências”, diz o delegado Luís Hellmeister, do 1º Distrito Policial de Itapecerica da Serra.
Hellmeister afirma que a polícia pediu celeridade no laudo necroscópico para verificar se a versão apresentada pelos suspeitos é factível.
“Se for isso, imagino que não tenham chamado o socorro em decorrência de drogas no local e do desespero. Se isso for confirmado no laudo, eles só vão responder por ocultação de cadáver, não por homicídio”, disse o delegado.
Amigo de infância
Renan José era amigo de infância de Carlos Henrique e morava a poucos metros dele. Segundo Robson Casemiro, que também conhecia o youtuber desde pequeno, ninguém estranhou o fato de ele passar a madrugada de Natal com Renan.
“Eles eram muito amigos. Ele preferiu passar o Natal com o suspeito do que com a família. Se conheciam há muito tempo. Nunca passou pela nossa cabeça que isso poderia acontecer. O Henrique chegou até a ajudar a família dele”, afirma Robson.
Segundo ele, no início do canal no YouTube, o suspeito chegou a aparecer em vídeos com o amigo.
Metrópoles