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A Superintendência do Patrimônio da União no Ceará deu o aval para a construção da usina de dessalinização na Praia do Futuro, em Fortaleza. O projeto, que visa criar uma solução a longo prazo para tornar a água do mar potável durante períodos de seca, recebeu um parecer favorável da Companhia de Água e Esgoto do Ceará.
O parecer positivo destaca que o projeto atende às especificações necessárias de distanciamento de cabos, após o afastamento das tubulações.
Com essa aprovação, o próximo passo é o requerimento da emissão da Licença de Instalação da planta para a Superintendência Estadual do Meio Ambiente. A previsão é de que a construção da usina tenha início até março de 2024.
No entanto, a Anatel manteve sua oposição ao projeto, recomendando que a usina fosse construída em outro local. A preocupação principal é o risco de impacto nos cabos submarinos que conectam o Brasil a outros países, causando potencialmente um apagão digital.
Empresas de telecomunicação expressaram temores de que a proximidade da usina com os cabos submarinos essenciais para a conectividade do país possa resultar em interrupções no serviço.
Por outro lado, a Cagece afirma que as infraestruturas da usina não apresentam riscos para o funcionamento dos cabos submarinos, respaldando sua posição com estudos técnicos.
Apesar das divergências, a Cagece mantém o cronograma de construção da usina de dessalinização, prevendo o início das obras para julho de 2024, após a emissão da licença de instalação.
A Praia do Futuro, local escolhido para a construção, é reconhecida como um hub da internet no Brasil, recebendo 17 cabos submarinos que conectam o país à Europa e são responsáveis por 99% do tráfego de dados.