Uma nota do Ministério da Agricultura mostra que o Brasil recebeu autorização para exportar ossos de bois e vacas para o Peru. A pasta publicou o documento na quarta-feira 14.
A publicação afirma que o Brasil recebeu autorização para exportar ao país farinhas de ossos e carnes de bovinos — ou seja, bois e vacas. Esse tipo de comércio, entretanto, não é uma novidade.
Em 2022, por exemplo, o agronegócio brasileiro faturou quase US$ 200 milhões com a venda desses produtos a outros países, considerando animais de todas as espécies. Os embarques envolveram 250 mil toneladas.
Na lista de compradores, o grande destaque é o Chile — responsável pela importação de 65 mil toneladas, gerando US$ 45 milhões em receita. No top cinco dos clientes do Brasil também estão Vietnam (US$ 44 milhões), Colômbia (US$ 17 milhões), Estados Unidos (US$ 16 milhões) e Argentina (US$ 14 milhões).
No caso do Peru, o ministério projeta um mercado de R$ 30 milhões (US$ 6 milhões), considerando somente os produtos fabricados com os restos de bovinos.
Farinhas e ossos de bois
De acordo com a Associação Brasileira de Reciclagem Animal, farinhas de ossos de bois e vacas “resultam do cozimento de resíduos do abate de bovinos”. Constituídas principalmente de ossos, cárneos, aparas e vísceras, são ricas em proteína, cálcio, fósforo e gordura.
Sua aplicação se dá, principalmente, para a fabricação de rações para aves, suínos, peixes, crustáceos e pet. É uma excelente fonte de nutrientes usada também no Brasil para esses mesmos animais. O consumo por bovinos é proibido no país.