Doenças cardiovasculares são causadoras de 400 mil mortes por ano no país
O cantor gospel Pedro Henrique, 30, morreu na noite da quarta-feira (13) durante uma apresentação na Bahia após sofrer mal súbito. Ele pode ter sido mais um dos jovens vitimados por doenças cardiovasculares no Brasil, problema que cresce.
Somente em mulheres de 15 a 49 anos, houve aumento de 62% no número de mortes por infarto no país entre 1990 e 2019 (alta de 176%), segundo a Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC).
“A incidência no público mais jovem vem aumentando consideravelmente por causa de fatores como estilo de vida sedentário, má alimentação, tabagismo e estresse”, diz Jasvan Leite, cardiologista do Hospital do Coração (Hcor).
Esses comportamentos provocam doenças como hipertensão arterial, diabetes e colesterol elevado — que contribuem para a ocorrência do infarto.
“Os males que acometem o coração começam a surgir por volta dos 30 anos. Porém, pessoas que apresentam histórico familiar ou fatores de risco devem procurar atendimento médico mais cedo”, completa o médico.
As doenças cardiovasculares são as mais prevalentes na população mundial e a principal causa de morte no país.
Estima-se que uma pessoa morra no Brasil por essa causa a cada 90 segundos. O cálculo dá 400 mil pessoas por ano.
Essas doenças causam o dobro de mortes que todos os tipos de cânceres juntos, segundo a SBC.
Além disso, elas provocam 2,3 vezes mais mortes que todas as causas externas (acidentes e violência) e três vezes mais que as doenças respiratórias.
Sintomas de infarto
Apenas 2% dos brasileiros sabem reconhecer os sintomas de um infarto, afirma Leite. Segundo o especialista, são eles:
- dores e sensação de aperto no peito, associado a falta de ar;
- sudorese fria; e
- náuseas.