O Partido dos Trabalhadores (PT), do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, passará a ser responsável pela indicação de sete dos 11 ministros do Supremo Tribunal Federal (STF). O número caba de ser atualização, com a aprovação do atual ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, para a Corte, nesta quarta-feira, 13. O levantamento soma as indicações dos governos Lula e Dilma Rousseff.
Dino foi aprovado para assumir a cadeira de Rosa Weber, aposentada no fim de setembro, no plenário do Senado por 47 votos favoráveis contra 31. Ele poderá ocupar o cargo até abril de 2043, quando completará 75 anos, idade limite para integrar a Corte.
Atualmente, Lula é o presidente com mais indicações na atual composição do STF, no total foram quatro. No primeiro governo dele à frente da Presidência da República, Cármen Lúcia foi indicada. Já no segundo, o petista indicou Dias Toffoli. No atual mandato, o presidente indicou Cristiano Zanin, que assumiu a Corte em agosto, e Dino, que deve assumir em fevereiro.
Dilma é a segunda presidente com mais indicações na atual composição do STF, foram três no total. No primeiro mandato, ela indicou Luiz Fux e Roberto Barroso, atual presidente da Corte. Já no segundo governo, a petista indicou Edson Fachin.
O ex-presidente Jair Bolsonaro realizou duas indicações para a atual conjuntura do Supremo: Nunes Marques e André Mendonça. Michel Temer (MDB) foi o responsável pela indicação de Alexandre de Moraes. Já Fernando Henrique Cardoso (PSDB) indicou Gilmar Mendes, atual decano do STF.
PT indicou 14 nomes ao Supremo
O PT esteve durante cinco mandatos no poder, totalizando 14 anos. O partido tem a média de uma indicação por ano, totalizando 14 nomes que assumiram o cargo de ministro da Suprema Corte.
Dos indicados pelo PT, sete já se aposentaram:
- Cezar Peluzo (Lula 1);
- Ayres Britto (Lula 1);
- Joaquim Barbosa (Lula 1);
- Eros Grau (Lula 1);
- Ricardo Lewandowski (Lula 1);
- Menezes Direito (Lula 2); e
- Rosa Weber (Dilma 1).