A Transparência Internacional – Brasil criticou o formato definido pelo presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado Federal, Davi Alcolumbre (União-AP), para a sabatina da Super Quarta com Paulo Gonet e Flávio Dino:
“A inédita sabatina conjunta de PGR [procurador-geral da República] e ministro do STF [Supremo Tribunal Federal] é um completo ‘faz de conta’ de controle do Legislativo às nomeações do Executivo.
Só carimba aquilo que já está negociado a portas fechadas e sabota a chance de a sociedade conhecer verdadeiramente os indicados a postos de grande poder. Perde mais uma vez a democracia”, afirmou a TI no X, ex-Twitter, ao comentar matéria da Folha sobre o tema.
O jornal descreveu como o formato afeta a inquirição:
“O modelo tem ajudado a agilizar o processo e a baixar a temperatura, minimizando a possibilidade de embates diretos. Com isso, reforça característica comum à maioria das sabatinas no Legislativo, a de superficialidade e pouca inclinação dos parlamentares a questionamentos mais duros aos indicados.
Nessa configuração, Dino e Gonet devem responder a mais de uma pergunta de uma vez; os senadores, por outro lado, devem ter menos tempo para falar.”
O favor de Alcolumbre a Lula já foi retribuído, como mostrou o Estadão: “nos três dias seguintes [ao agendamento das sabatinas], o governo liberou R$ 73,9 milhões de reais para o Amapá. Em um só dia, na quinta-feira, 30, o governo federal empenhou, isto é, reservou para pagamentos, R$ 55,4 milhões. É o quarto dia com mais empenhos federais para o Estado do Norte em todo o ano de 2023 até esta quarta-feira, 6, última data disponível no sistema”.
O Antagonista