Ao celebrar o retorno de Luiz Inácio Lula da Silva à Presidência da República, durante evento realizado nesta segunda-feira, 11, o padre Júlio Lancellotti disse que as religiões de matriz africana e os LGBT voltaram para o Palácio do Planalto.
O padre deu a declaração durante um evento que firmava a regulamentação da Lei 14489/22, que leva o nome do religioso.
A Lei Padre Júlio Lancellotti proíbe a chamada “arquitetura hostil”, isto é, a construção de obstáculos para impedir moradores de rua de ficarem em espaços públicos. O projeto foi publicado em janeiro, mas a regulamentação ocorreu durante a cerimônia desta segunda-feira.
Durante o evento, o padre disse que “lutou” para eleger o presidente Lula e que, com sua volta ao Planalto, as chamadas minorias voltaram a ter voz.
“Lutamos muito para te eleger, presidente”, disse o padre, ao olhar para Lula. “Para que os pobres, os moradores de rua, as mulheres, os LGBTs, os indígenas, as religiões de matriz africana, os sem religião e os que lutam pela dignidade humana pudessem voltar a esse palácio.”
Padre Júlio Lancellotti administra paróquia na capital paulista
Lancellotti exerce a função de pároco na paróquia de São Miguel Arcanjo, no bairro da Mooca, na cidade de São Paulo. Ele também é pedagogo e conhecido por realizar ações sociais junto a menores infratores, pessoas em situação de rua, detentos em liberdade assistida, população de baixa renda e pacientes com HIV/Aids.
Ele acredita que os seres humanos devem estar acima de tudo, “como imagem e semelhança de Deus”.