Ao defender as privatizações, o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), disse, nesta segunda-feira (11), que os estados “vão quebrar” caso não seja feito um corte de gastos. A fala aconteceu durante o Fórum Político XP.
“A questão não é se é possível cortar gastos ou não é. A gente tem que cortar gastos. Se não cortar, os estados vão quebrar. Não tem escolha. Tem as questões ideológicas, muita gente critica a gestão quando falamos em concessões da CPTM, da Fundação Casa. A gente vai lutar até o fim para ter uma reforma sem distorções”, afirmou Tarcísio.
O leilão das linhas 11, 12 e 13 da Companhia Paulsita de Trens Metropolitanos (CPTM) deve acontecer no próximo ano, segundo estimativa do chefe do Executivo estadual.
Na última sexta-feira (8), Tarcísio sancionou a lei que autoriza o governo paulista a privatizar a Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp).
Sobre a questão, o governador explicou que todos os municípios financiadores da companhia “estão aceitando aquilo que está sendo colocado”.
“Acho que a discussão está evoluindo muito bem. Já tivemos oportunidade de fazer apresentação para alguns vereadores. Está bem avançado no debate da parte técnica da prefeitura. A cidade de São Paulo é a única que tem 7,5%. Investimento na cidade de São Paulo suplanta muito isso”, expressou.
“Vamos levar o saneamento para quem não tem. Qual a vantagem? Não ter mais a Zona Norte sem água, a Zona Sul sem água, porque a gente tem uma rede que não tem mais resiliência”, prosseguiu Tarcísio, citando que a tarifa da Sabesp subirá em um “valor menor” após a privatização.
Outras privatizações
Outras empresas devem ser concedidas à iniciativa privada no próximo ano, de acordo com Tarcísio. Entre elas, estão a Empresa Metropolitana de Água e Energia (Emae), que opera sistema hidráulico e fornece energia na Grande São Paulo, no Médio Tietê, na Baixada Santista e no Vale do Paraíba.
Posteriormente, acontecerá o leilão do trem intercidades, em 29 de fevereiro, a concessão de rodovias do litoral e parcerias público-privadas de escolas e da habitação.