Segundo a USSF, a missão tem uma ampla gama de objetivos de teste e experimentação. Esses testes incluem operar em novos regimes orbitais, experimentar tecnologias de reconhecimento do domínio espacial e investigar os efeitos da radiação nos materiais da NASA.
Toda a descrição é bastante genérica, e isso não é à toa: tanto as cargas, quanto a órbita de destino são mantidas em segredo. A mudança para o foguete Falcon Heavy, o veículo com maior capacidade atualmente, pode indicar que o X-37B vai levar cargas úteis mais pesadas, que exigiria um foguete mais potente, ou alcance órbitas ainda maiores.
O comportamento evasivo é praticamente regra desde que o veículo foi lançado pela primeira vez, em abril de 2010. A aeronave tem menos de 9 metros de comprimento, utiliza energia solar e não é tripulada.
Em 2017, o governo americano afirmou que o veículo foi utilizado para testar sistemas de navegação, controle e direção avançada no espaço. Mas, apesar disso, a maioria das suspeitas indicam que a nave também seja um dispositivo de espionagem desenvolvido para levar a bordo sensores experimentais, como câmeras de alta tecnologia e radares de mapeamento terrestre.
O X-37B tem o recorde do maior número de dias consecutivos de voo ao redor da Terra, alcançado na missão anterior, em outubro de 2019. Foram 780 dias em órbita. No total, a nave acumula 3.774 dias em órbita no total, o equivalente a mais de dez anos.
Segundo os EUA, as missões anteriores experimentaram com sucesso a tecnologia do Laboratório de Pesquisa Naval projetada para aproveitar a energia solar e transmitir energia ao solo; testou os efeitos da exposição espacial de longa duração a materiais orgânicos para a NASA; e proporcionou a oportunidade de lançar uma espaçonave projetada e operada por cadetes da Academia da Força Aérea dos EUA.
Segundo a Força Aérea americana, o X-37B continua a “quebrar barreiras” no desenvolvimento de tecnologia de veículos espaciais reutilizáveis e é considerado um investimento importante para o futuro da estratégia espacial dos EUA.
Créditos: O Globo.