Um grupo de entregadores depredou, na noite desta segunda-feira, 4, a unidade do McDonald’s da Avenida Ipiranga, no centro de São Paulo. Uma dupla de policiais militares observou a ação, abrigando-se no hotel vizinho ao restaurante.
A unidade funciona 24 horas por dia e o ataque aconteceu por volta das 20h. De acordo com a Guarda Civil Metropolitana, seis motociclistas foram responsáveis pela depredação.
Desentendimento entre funcionários e entregadores teria motivado agressão
Uma testemunha, ouvida pela Folha, viu o grupo chegar em motos, mas também em bicicletas. Seriam todos entregadores de delivery.
Eles começaram, então, a atirar pedras e outros objetos na loja. Equipamentos como totens de autoatendimento e monitores de caixa foram destruídos e também atirados.
Os funcionários se esconderam mais ao fundo da loja para se proteger. Não há registro de feridos.
Ainda de acordo com essa testemunha, uma confusão nessa mesma loja do McDonald’s, no domingo 3, teria motivado o ataque de ontem. Ela não sabia mais detalhes.
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Vídeo flagra parte do ato de vandalismo
Da janela de um prédio do outro lado da Avenida Ipiranga, um homem conseguiu filmar parte da ação, publicando o vídeo no Instagram. Na imagem, é possível avistar uma dupla de PMs a observar o ataque, parados na entrada de um hotel, ao lado do McDonald’s.
Em determinado momento, os vândalos parecem ter ido embora. Mas retornam logo depois, voltando a atirar entulho.
É nesse momento que eles lançam dois objetos dessa vez em direção ao hotel onde os PMs e transeuntes se abrigavam. Só então, um dos policiais reage, avançando alguns passos contra os agressores, apontando a sua arma.
Todos eles então parecem se dispersar com suas motos e bicicletas, ficando fora do quadro do vídeo. Logo em seguida, sirenes indicavam que viaturas da PM chegavam ao local.
Secretaria justifica ausência de reação por PMs
De acordo com a apuração da Folha, a Secretaria da Segurança Pública (SSP) declarou que os dois PMs patrulhavam a rua quando flagraram a ação, e chamaram reforços. A dupla teria permanecido parada, observando o ato, porque só dispunha de armamento convencional (cassetete e arma de fogo).
“Enquanto aguardavam o reforço, os policiais fizeram a proteção das pessoas que estavam em um hotel ao lado”, declarou a SPP, “e se abrigaram para não serem atingidos por objetos lançados contra eles”.