O presidente Lula usou, nesta terça-feira, 5, o termo “caixa-preta”, considerado racista pela ministra do Meio Ambiente, Marina Silva.
Ao se referir ao ex-presidente Jair Bolsonaro como “um cidadão que governava o nosso país”, Lula acusou o antecessor de “levantar suspeitas” infundadas contra o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), durante os quatro anos do governo.
“Um cidadão que disse que abriu caixa-preta do BNDES, na verdade, encontrou a cara dele”, disse o petista, durante o programa Conversa com o presidente, ao lado do chefe do banco de fomento, Aloizio Mercadante. “Foi a cara da mentira, de alguém que não diz a verdade, nunca. De alguém que acha que pode mentir o tempo inteiro.”
Mercadante, que também participou da live,acrescentou que, em sua gestão no BNDES, o banco é “um aquário”, com transparência total. “É a instituição pública mais transparente. Essa é a resposta que damos”, disse Mercadante.
Marina Silva sugere que “caixa-preta” é um termo racista
Durante sessão na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) das ONGs, a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, repreendeu o presidente da CPI, senador Plínio Valério (PSDB-AM), por usar o termo caixa-preta, durante uma audiência da comissão.
“Caixa-preta, não, senador”, advertiu Marina. “Isso é uma forma pejorativa de se dirigir às pessoas pretas. Preta sou eu, que estou aqui do seu lado.” De acordo com Marina, as coisas ruins não podem ser associadas à cor preta.
Valério ironizou o alerta de Marina, depois de ser avisado pelo secretário-executivo do Ministério do Meio Ambiente, João Paulo Capobianco, que “caixa-preta”, agora, se chama “caixa-laranja”. “Então, pode se esculachar os laranjas”, brincou Valério.
Revista Oeste