Um casal britânico passou décadas achando que um objeto vermelho no jardim de casa era apenas um enfeite, até descobrir que se tratava de uma bomba com cerca de 100 anos.
Como mostra a emissora estatal britânica BBC, o projétil estava localizado na residência de Sian e Jeffrey Edwards, em Milford Haven, no condado de Pembrokeshire, e acredita-se que seja datado do fim do século XIX.
Agentes do esquadrão antibombas do Ministério da Defesa do Reino Unido foram enviados ao local para remover o “projétil naval” de 29 kg na última quarta (29/11).
Como se não fosse bastante passar anos morando com a bomba, Sian Edwards revela à emissora que, sempre que terminava de cuidar do jardim, batia a espátula no projétil para remover a terra.
Na noite anterior à chegada dos agentes do governo, o casal foi informado de que a rua toda poderia ser evacuada. “Não pregamos o olho a noite toda. Isso nos surpreendeu. Eu disse à unidade antibombas ‘não vamos sair de casa, vamos ficar aqui. Se explodir, vamos explodir junto’”, conta Jeffrey Edwards à BBC.
Os testes provaram que a bomba era ativa, mas possuía uma pequena quantidade de carga. Ela foi levada para uma pedreira abandonada no Castelo de Walwyn, coberta com cinco toneladas de areia e detonada.
Depois de viver na rua desde os 3 anos, Jeffrey, que está com 77, ficou triste quando tudo acabou: “Era um velho amigo. Lamento muito que o pobre coitado tenha sido feito em pedaços.”
A família que era dona do imóvel lhe contou que o objeto estava no jardim há mais de 100 anos. “Os navios de guerra da Marinha Real costumavam ancorar na baía de St Brides e apontar as armas para Broad Haven e abrir fogo. Eles costumavam usar as areias para praticar tiro ao alvo. Eles se certificavam de que não havia ninguém”, diz o britânico à emissora.
Só que uma dessas bombas do treinamento não estourou e acabou fixada no concreto e pintada de vermelho, para combinar com os parapeitos das janelas. O casal Edwards comprou a casa em 1982.