O jornal Folha de São Paulo divulgou nesta sexta-feira (1º) um artigo onde afirma que o ministro da Justiça, Flávio Dino, pode ser o quinto homem negro a se tornar um ministro do Supremo Tribunal Federal (STF).
A afirmação, feita por Priscila Camazano, passou a ser um dos assuntos mais comentados no X, antigo Twitter, por conta do tom claro da pele do ex-governador do Maranhão.
– Caso o ministro da Justiça, Flávio Dino (PSB), seja aprovado para ocupar uma cadeira no STF (Supremo Tribunal Federal), ele será o quinto ministro negro a compor a Suprema Corte. Ele se autodeclara pardo – diz a publicação.
A jornalista cita os quatro primeiros homens negros que atuaram no STF: Pedro Lessa, Hermenegildo de Barros, Joaquim Barbosa e Kassio Nunes Marques.
Dino se autodeclarava como pessoa branca em todas as candidaturas, até que em 2014 passou a se autodeclarar como pardo.
CLASSIFICAÇÃO DO IBGE
De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), pardo são todas as pessoas que possuem miscigenação de raças: brancos, negros e indígenas. Já as pessoas pretas, são aquelas cujas características físicas indicam ascendência predominantemente africana.
Já na classificação de negros, o IBGE soma pardos e pretos. Sendo assim, mesmo com a pele clara e sem traços africanos, o ex-governador do Maranhão é considerado uma pessoa negra.
INTERNAUTAS CRITICAM
Um internauta resolveu comparar uma foto de Dino com a de Joaquim Barbosa e perguntou: “É sério isso?”
A economista Renata Barreto também demonstrou sua indignação com a classificação feita:
– Já que a demanda por uma mulher negra, feita pela esquerda, não foi cumprida, a Folha tratou de classificar Flávio Dino como negro, pra amenizar as coisas. Incrível.
– Folha de São Paulo fazendo contorcionismo para falar que o Dino e negro! Está de sacanagem – escreveu outro usuário do X.