Ghazi Hamad, membro sênior do Hamas, em entrevista à rede americana de TV CBS News na quinta-feira, 30, demonstrou indiferença quanto ao número de reféns israelenses ainda vivos.
Questionado sobre a quantidade de reféns ainda mantidos pelo grupo, Hamad respondeu: “Não sei. O número não é tão importante.” A declaração foi feita pouco antes do fim do cessar-fogo entre Israel e o Hamas.
Entre os reféns mencionados, estão Kfir Bibas, um bebê de 10 meses, e seu irmão Ariel, de quatro anos. Hamad justificou o sequestro de crianças como forma de exercer pressão sobre o governo israelense.
O Hamas também divulgou recentemente que Kfir, Ariel e sua mãe Shiri foram mortos após serem sequestrados em 7 de outubro. Um vídeo do marido de Shiri foi divulgado pelo grupo como parte de uma estratégia de guerra psicológica. As Forças de Defesa de Israel ainda não confirmaram as mortes. Segundo Hamad, a família Bibas foi massacrada por culpa da “ocupação”.
O Hamas também torturou crianças israelenses em cativeiro. Uma das táticas foi marcar os reféns com queimaduras, colocando suas pernas em escapamentos quentes de motos, para futura identificação em caso de fuga. A prática relembra algumas das piores memórias do Holocausto.
A diplomacia do Brasil, ao criar equivalências injustificáveis entre os lados em conflito, aproxima-se dos regimes autoritários globais. Celso Amorim, ex-ministro das Relações Exteriores e atual assessor de Lula para assuntos internacionais, já manifestou apreço pelo Hamas em livro.
O Antagonista