O Ministério Público do Peru acusou a primeira-dama do país, Lilia Paredes, e seus irmãos de serem membros de uma organização criminosa comandada pelo presidente do país, o esquerdista Pedro Castillo.
Segundo a promotoria, Paredes é investigada pelos supostos crimes de tráfico de influência e lavagem de dinheiro. Ela teria sido encarregada de dirigir licitações a certas empresas do distrito de Anguía. A promotoria não pediu a prisão da mulher de Castillo.
Uma testemunha entregou às autoridades cópias de documentos, e-mails, conversas telefônicas e mensagens de WhatsApp denunciando os casos de corrupção, informou neste sábado, 20, o jornal La República. A informação é da Revista Oeste.
Ainda segundo o MP, a suposta organização criminosa tinha o objetivo de “apoderar-se de importantes propriedades do Estado com pessoas de grande confiança, como é o caso da pasta do Ministério da Habitação, Construção e Saneamento, cujo chefe era Geiner Alvarado López, e permitiria a execução de diversas modalidades criminosas, dentre elas, a denominada: licitações públicas fraudulentas”.
Na sexta-feira 19, o presidente peruano disse que Paredes vai provar sua inocência. “Hoje eles querem montar um pedido para impedir que minha esposa saia do país. Devo dizer-lhes que ela está pronta, nas próximas horas, para entregar seu próprio passaporte. Ela não vai sair do país em nenhum momento e tem que se submeter não só à Justiça, mas também para provar sua inocência”, disse Castillo.