Em 48 horas, o partido Novo computou mais de 350 mil assinaturas no abaixo-assinado contra a indicação do ministro da Justiça, Flávio Dino, para o Supremo Tribunal Federal (STF). A petição foi lançada na última segunda-feira, 27, logo depois da escolha oficial do nome de Dino pelo presidente Lula.
O ministro pretende ocupar a vaga de Rosa Weber, que se aposentou depois de 12 anos no Supremo. A sabatina de Dino será no dia 13 de dezembro. Com o abaixo-assinado, o Novo pressionar os parlamentares a rejeitarem a indicação.
O presidente do Novo, Eduardo Ribeiro, explicou que essa petição online é uma importante ferramenta para a sociedade civil se posicionar.
“Abrimos o abaixo-assinado para mostrar que boa parte da sociedade está muito insatisfeita com a indicação”, destacou Ribeiro. “O STF não pode ser uma instituição autoritária, politizada e ideológica, justamente o que Flávio Dino mais é. A Suprema Corte precisa ser isenta”, justificou Ribeiro.
Crise na Corte
Segundo o partido, o fato de Lula ter indicado o ministro da Justiça “agrava a crise vivida pela Corte”. O Novo acredita que a aprovação de Dino o levaria a atuar como político, defendendo os interesses do seu grupo e deixando o Supremo “ainda mais enviesado”.
Para Ribeiro, a indicação de Flávio Dino é ainda um “deboche”. “Justamente no momento em que o STF está no centro do debate em razão dos seus abusos, Lula indica seu ministro mais autoritário e prepotente”, criticou.
Segundo o líder do Novo, essa não é uma decisão de quem quer pacificar o país, mas de quem quer “incendiá-lo”.