A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, disse, nesta segunda-feira, 27, que o termo “caixa-preta” é “pejorativo” contra negros.
Marina repreendeu o presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) das ONGs, Plínio Valério (PSDB-AM), que usou esse termo para se referir às descobertas que a CPI fez sobre o terceiro.
“Caixa-preta, não, senador”, advertiu Marina. “Isso é uma forma pejorativa de se dirigir às pessoas pretas. Preta sou eu, que estou aqui do seu lado.” De acordo com Marina, as coisas ruins não podem ser associadas à cor preta.
Valério ironizou o alerta de Marina, depois de ser avisado pelo secretário-executivo do Ministério do Meio Ambiente, João Paulo Capobianco, que “caixa-preta”, agora, se chama “caixa-laranja”. “Então, pode se esculachar os laranjas”, brincou Valério.
Denúncias contra Marina Silva
O diretor-executivo do Ipam, André Guimarães, revelou que Marina é conselheira honorária da ONG que recebeu, em 2022, R$ 35 milhões do Fundo, dos quais 80% foram para custeio de folha de pagamento, viagens e consultorias. Durante oitiva da CPI, Marina admitiu ocupar o cargo, mas disse que os gastos da ONG estão regulares, conforme um relatório do Tribunal de Contas da União.