O biólogo e documentarista Pedro Têia, filho e neto de caçadores, aprendeu a caçar ainda menino, até decidir ser defensor dos animais. Ele veste uma roupa camuflada e se cobre da cabeça aos pés para registrar a fauna da caatinga, da qual é um profundo conhecedor. Pedro mostrou que nem sempre é fácil dar de cara com os animais raros e mais ariscos e explicou que a vestimenta é fundamental.
Além da camuflagem, o biólogo tem como estratégia colocar câmeras nas árvores, ao longo das trilhas. Confira em vídeo a coleção de belas imagens que Pedro conseguiu reunir.
Escondido entre as folhas, Pedro captou lindas imagens de aves e outros animais como os macacos pregos dourados, raposas e mãe e filhote de jaguatirica.
O biólogo lembra como foi a mudança de caçador para preservacionista: “Quando eu caçava, eu percebi que os bichos estavam desaparecendo, sumindo, e veio à minha mente começar a fazer alguns registros desses bichos. Então, o que foi que aconteceu: eu criava aves, já tinha deixado de caçar. Deixei de criar aves também e passei só a registrar essas aves e admirá-las na natureza. A observá-las, e assim surgiu essa paixão”.
A paixão levou Pedro a construir bebedouros para atrair os bichos. E eles são muito frequentados pelo gato maracajá e pelo o gato mourisco que parece anunciar a descoberta e pela cobra corredeira. Os animais não param de chegar de dia e de noite nos bebedouros.
Com o coração de ambientalista e faro de fotógrafo, Pedro Têia segue eternizando imagens da floresta que serve de abrigo para as mais diferentes espécies. Ao resumir o lema que ele leva para a vida, Pedro afirma:
“Conhecer para preservar e preservar para sempre ter.”
O professor de Ecologia da UFPE Felipe Melo complementa a filosofia de Pedro:
“A gente só vai proteger o que conhece e aquilo que ama, que gosta. Então, se a gente não conhece, não visita, não reconhece a caatinga como parte da nossa identidade cultural, a gente também não vai se esforçar para conservá-la.”
Créditos: G1.