A UPA São José, em Campinas (SP), foi tomada por baratas nesta terça-feira (21). Uma paciente que procurou atendimento pediátrico para a filha filmou a “invasão” dos insetos na entrada e na recepção. Segundo a prefeitura, os insetos que surgiram “são resultado da dedetização realizada na unidade”.
Inusitado: pacientes se assustam após serem “atacados” por baratas em UPA pic.twitter.com/MyesKhf6gc
— Diario do Brasil Notícias (@diariobrasil_n) November 22, 2023
A comerciante Daniela de Souza Pereira, de 40 anos, fez o registro do local tomado por baratas. Ela conta que demorou a perceber que havia um funcionário fazendo aplicação do veneno, e que em nenhum momento ele teria alertado os pacientes.
“Estava sentada no canto, a hora que eu vi a barata, baixei a mão, estava mexendo no celular, não tinha visto que ele estava jogando veneno. Ele deu duas borrifadas, veio aquele monte. Ele foi para outro lado, o povo tudo sentado. Ele começou a borrifar e as baratas começaram a levantar. Ele não pediu licença para gente. Não falou nada, chegou e jogou”, disse.
Daniela estava na UPA à espera de atendimento pediátrico para a filha que sofre de problemas respiratórios. Ela reclama que apesar de ser atendida depois, a menina apresenta uma crise de tosse por conta da dedetização.
“Pior de tudo que o homem que tava jogando veneno estava de máscara. Falei: ‘moço, você tem que pedir para a gente se retirar daqui, não pode sair jogando assim’. Ele nem ligou para o que estava falando”, contou.
O que diz a prefeitura?
Procurada, a Rede Mário Gatti, responsável pela gestão dos hospitais e UPAs de Campinas, informou em nota que as unidades passa frequentemente por dedetização.
“As unidades da Rede Mário Gatti de Urgência, Emergência e Hospitalar passam frequentemente por dedetização. Os insetos que surgiram na UPA São José são resultado da dedetização realizada hoje na unidade”, diz o texto.
Sobre a reclamação de falta de aviso sobre a dedetização e o problema relatado pela comerciante, a Rede Mário Gatti destacou que “são usados produtos não ofensivos à saúde humana, colocados nos locais possíveis de presença de insetos”.
“Quando a desinsetização é para combater formiga, o produto é colocado em pontos chaves. Para ratos, deixam armadilhas; e para baratas; colocam em ralos e alguns locais da área externa (sem acesso aos pacientes)”, explica a Rede Mário Gatti.
A nota enfatiza ainda que os profissionais que aplicam “usam a máscara porque estão manipulando o produto”.
G1