O ministro Raul Araújo assume a função de corregedor-geral eleitoral no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) nesta terça-feira (21). Reconhecido por sua postura conservadora, ele terá a responsabilidade de conduzir pelo menos sete ações de investigação judicial eleitoral envolvendo o ex-presidente Jair Bolsonaro e o atual presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva. No mesmo dia, a ministra substituta Isabel Gallotti assume como titular da corte.
As duas vagas foram abertas devido ao término do biênio do ministro Benedito Gonçalves no Tribunal Eleitoral, em 9 de novembro. O ministro era membro titular no TSE e ocupava o cargo de corregedor-geral.
Raul Araújo ficou conhecido por proibir manifestações políticas no festival Lollapalooza no ano passado. Durante o período eleitoral de 2022, o ministro negou o pedido feito pelo PT para a retirada de outdoors em defesa do então presidente Bolsonaro instalados em Mato Grosso.
O TSE é composto por, no mínimo, sete ministros. Três deles são do Supremo Tribunal Federal (STF), incluindo o presidente da corte. De acordo com o artigo 119 da Constituição Federal, o TSE conta ainda com dois ministros do Superior Tribunal de Justiça (STJ), sendo um deles escolhido como corregedor-geral eleitoral. Completando a corte, há dois juristas nomeados pelo presidente da República a partir de uma lista fornecida pelo STF.