No mês em que comemorou a marca de , a Toyota encerrou, de vez, as operações da planta de São Bernardo do Campo (SP). A unidade do ABC paulista, a princípio, foi a primeira fábrica da marca fora do Japão. Sua história começou em 1962.
Na última quinta-feira (16), a Toyota realizou o desligamento dos últimos 150 funcionários da unidade. Isso aconteceu, portanto, cinco dias após o encerramento definitivo das atividades da planta, que focava na produção de peças para veículos das outras unidades brasileiras e para exportação à Argentina e Estados Unidos.
Bandeirante
O , a princípio, foi o primeiro e único veículo da marca japonesa feito em SBC. A produção durou de 1962 a 1997. O modelo, portanto, tratava-se de uma . Como destaques, em síntese, tinha visual de jipe e a tração 4×4, que prometia robustez e soluções de uso off-road.
Funcionários
De acordo com o que a Toyota informou em 2022, quando , a mudança seria feita de forma gradual a partir de dezembro. A conclusão, portanto, ficou prevista para novembro de 2023 – o que, de fato, aconteceu. À época, a ideia da Toyota consistia em transferir os funcionários interessados para as outras unidades do grupo (em Indaiatuba, Sorocaba e Porto Feliz, todas, no interior de SP). Eram 550, na ocasião. De acordo com a marca, 120 trabalhadores aceitaram a mudança. Os demais, por fim, foram desligados.
Estratégia
Mesmo reconhecendo a história e a dedicação de quem passou pela fábrica do ABC paulista, a Toyota precisou tomar a decisão por motivos estratégicos. “A concentração das operações no interior paulista oferece oportunidades de crescimento para a Toyota na competitividade da companhia diante dos desafios do mercado brasileiro”, diz a marca.
Mudanças de planos
Após a inauguração das outras três fábricas da Toyota no Brasil, em Indaiatuba (1998), Sorocaba (2012) e a de motores em Porto Feliz (2016), houve especulações sobre o destino da unidade do ABC. Entretanto, a marca sempre disse que manteria a planta.
Há cinco anos, em síntese, a Toyota instalou no local seu o primeiro Centro de Pesquisa Aplicada na América Latina. Só havia estruturas desse tipo no Japão, EUA, Europa e Tailândia. O objetivo consistia em realizar, sem depender da matriz, mudanças nos carros fabricados no País, criar edições especiais, avaliar novos materiais e, no futuro, talvez até desenvolver carros para a região. Tudo, no entanto, ficou apenas nos planos.