A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, disse, nesta terça-feira, 21, que o Brasil vai chegar “de cabeça erguida” na Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas de 2023, a COP28, “mas não conformado”. Marina quer desmatamento zero, até 2030.
Conforme o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), mais de um milhão de hectares do Pantanal já foram devastados pelo fogo neste ano, número três vezes maior ao registrado em 2022. No total, o Inpe detectou quase quatro mil focos ativos, até 20 de novembro de 2023.
Marina presta depoimento hoje, na Comissão de Pecuária, Agricultura, Abastecimento e Desenvolvimento Rural da Câmara. Há alguns dias, o colegiado aprovou um pedido de convocação, de autoria dos deputados Rodolfo Nogueira (PL-MS) e Zé Vitor (PL-MG), obrigando a presença da ministra.
A ministra está acompanhada de “peixes grandes” do ministério, como o secretário-executivo da pasta, João Paulo Capobianco, o presidente do Ibama, Rodrigo Agostinho, e Ana Toni, secretária da Mudança do Clima.
Justificativa para a convocação de Marina Silva
De acordo com Nogueira e Vitor, políticas do governo Lula, por meio do Meio Ambiente, seriam uma “represália direcionada ao setor agropecuário e aos produtores rurais do Brasil, visando prejudicar um segmento de vital importância para o país”.
No requerimento, os parlamentares citaram, por exemplo, uma portaria do Ministério do Meio Ambiente que homologa o Regimento Interno do Conselho Nacional do Meio Ambiente.