Acusada de negar atendimento à mãe de uma criança com autismo, a funcionária de uma loja da Riachuelo em Feira de Santana (BA) disse que foi “demitida injustamente” após o episódio.
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O que aconteceu
Em vídeo publicado ontem (17), Jairta Lima negou ter discriminado o filho de uma cliente. A mãe da criança afirmou que foi ao caixa preferencial, mas que a funcionária a direcionou a outro caixa. “Não me passe essas bombas não”, teria dito a trabalhadora a uma colega.
A ex-funcionária diz que não se referiu à mãe e nem à criança com o termo “bomba”. A expressão, segundo ela, é sobre clientes que pagam com cartões de terceiros, e não com o da Riachuelo.
De acordo com Jairta, as compras com cartões de terceiros dificultam que eles atinjam suas metas. “Todas as Riachuelos trabalham com meta. Se a gente passa um cartão Riachuelo a gente fica dentro da meta. Se você passa um cartão terceiro, que não seja da loja, sua PA [Peças por Atendimento] cai”, relatou.
No vídeo, ela diz que foi “prejudicada” com a demissão. “Fui demitida injustamente. Tenho duas filhas, estou passando dificuldade, meu esposo desempregado, e eu estou sendo acusada injustamente”, declarou.
Procurada pelo UOL, a Riachuelo negou a versão da funcionária sobre a exigência de metas. “Há um incentivo para cartão proprietário, mas o uso de cartão terceiro não derruba a meta da loja”, afirma a empresa.
Mãe relatou discriminação
A mãe de um menino com autismo diz ter sofrido discriminação por parte de uma funcionária da loja no Boulevard Shopping, em Feira de Santana (BA). Em vídeo publicado nas redes, ela protesta contra o atendimento recebido.
No vídeo, a mulher diz que foi ao caixa preferencial, mas que a funcionária a direcionou a outro caixa pela dificuldade do atendimento com a criança: “Não me passe essas bombas não”, teria dito a funcionária da loja.
A mãe pede respeito às pessoas com deficiência, e é aplaudida por outros clientes na loja: “Exijo respeito com os autistas, com as pessoas com deficiência, porque eu sou mãe e ninguém aqui tá livre de ter um filho com deficiência. E eu não aceito, porque já é difícil”.
Em nota publicada nas redes sociais, a Riachuelo disse que “lamenta o ocorrido” e que a funcionária foi demitida. Leia a nota na íntegra:
Nós da Riachuelo lamentamos o ocorrido em nossa loja em Feira de Santana e pedimos desculpas. O comportamento da ex-colaboradora no atendimento não condiz com os valores defendidos e praticados por nós da Riachuelo. A empresa hoje conta com ciclos obrigatórios e periódicos de treinamento ao atendimento ao cliente, sempre em evolução e atualização, reforçando acima de tudo que o respeito a todos é inegociável. A partir desse caso, e em busca de que situações como essa não voltem a ocorrer, já está em implantação uma nova rodada extraordinária de treinamentos e capacitação da nossa força de vendas. Reforçamos nossos compromissos constantes com o cuidado para que todos se sintam bem-vindos e acolhidos em nossos espaços.Riachuelo, em nota nas redes sociais.
Créditos: UOL.