O aumento no número de áreas queimadas na Floresta Amazônica e no Pantanal levou a hashtag “#LulaNero” para os trending topics do Twitter/X, na tarde desta sexta-feira, 17. O assunto é o segundo mais comentado no Brasil.
A hashtag faz referência ao imperador romano Nero Cláudio César Augusto Germânico, que governou o império do ano 54 a 68. O monarca ficou historicamente conhecido por incendiar a cidade de Roma em 64. O fogo devastou a região, e Nero culpou os cristãos pelo incidente.
Os internautas cobram um posicionamento mais expressivo do governo federal e medidas imediatas para o combate às queimadas. “Cadê a Marina Silva e o Lula, que não se manifestaram?”, perguntou o internauta André Aranda.
Além disso, os usuários também criticaram a grande imprensa, que não teria dado a devida importância para a crise ambiental.
Área de queimadas triplica no Pantanal
O número de áreas queimadas na região do Pantanal, de janeiro a novembro, é 200% superior ao mesmo período de 2022. Os dados são do Laboratório de Aplicações de Satélites Ambientais (Lasa) da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).
Os incêndios têm atingido os Estados de Mato Grosso e de Mato Grosso do Sul e representam 7% do Pantanal. As chamas já consumiram 950 mil hectares em 2023, contra 316 mil no mesmo período (janeiro a novembro) de 2022.
Devastação da Amazônia em setembro teve sétima pior marca da série histórica
De acordo com o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), o desmatamento na região amazônica cresceu 51,1% no mês de setembro frente ao mês de agosto. Trata-se da sétima pior marca da série histórica do Inpe, iniciada há 4 anos.
O Pará foi o Estado que mais desmatou, responsável por 35,5% da devastação da região, seguido da Amazônia, com 18,4% do total desmatado.
Além disso, o mês teve o maior desmatamento de mata intocada, onde ainda não houve mudanças em suas características originais.
Revista Oeste