Eudes Bembem de Miranda, de 42 anos, preso nessa terça-feira (14/11) ao se passar por delegado da Polícia Federal, é experiente no mundo do crime.
Segundo processos que tramitaram no Distrito Federal e até mesmo no estado do Piauí, o golpista costumava ganhar a vida criando identidades diferentes, e tornou-se especialista no uso de documento falso. Em um dos casos, ele se passou por estagiário do Ministério da Fazenda e ostentou um contracheque fake no valor de R$ 13 mil.
Em fevereiro de 2013, Miranda foi preso por agentes da 35ª Delegacia de Polícia Civil (Sobradinho II). Ele se apresentava como estagiário do Ministério da Fazenda e carregava na mochila um contracheque com salário de R$ 13 mil.
À época, a polícia até conseguiu confirmar que o estelionatário, de fato, chegou a trabalhar no ministério. Contudo, o homem já havia sido desligado após a corregedoria do órgão desconfiar dos golpes cometidos pelo farsante.
Após a demissão, o ministério procurou a polícia para informar que o suspeito seguia frequentando o prédio e pedindo favores aos servidores. Durante as investigações, os policiais descobriram que o estelionatário já havia sido preso no Piauí em 2006 por se passar por delegado do Pará.
Em 2012, Miranda voltou a ser preso, ao se apresentar como delegado da Polícia Civil Distrito Federal; contudo, foi solto pouco tempo depois. Além disso, ele também já respondeu por crimes da Lei Maria da Penha e porte ilegal de arma de fogo.
“Leo Venice”
Conforme noticiado pela coluna, a Polícia Federal (PF) prendeu Eudes Miranda nessa terça-feira (14/11). A prisão em flagrante foi convertida para preventiva.
Com a alcunha de Leo Venice, Eudes perambulava por um condomínio de alto padrão no Park Sul, como se fosse morador. O golpista também se identificava como delegado da PF, portava armas de fogo e chegava a exibir uma carteirinha da corporação.
O comportamento do suspeito chamou a atenção de um delegado da Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF), que teria verificado se o homem, de fato, era da Polícia Federal. A PF, então, constatou que se tratava de um farsante e, por isso, prendeu o golpista por falsidade ideológica e uso de documento falso.
Metrópoles