Vários sites chineses destacaram em suas páginas um grande exercício realizado pelos EUA no Mediterrâneo. A Sexta Frota da Marinha dos Estados Unidos realizou exercícios de grande escala no Mediterrâneo Oriental, envolvendo dois grupos de ataque e os porta-aviões USS Ford e USS Eisenhower. A operação, embora seja obviamente parte de uma rotina de treinamento, gerou reações significativas pela sua magnitude, especialmente por parte da China.
O exercício, que incluiu mais de 11.000 militares dos EUA, não foi apenas uma demonstração de força, mas também um teste de capacidades estratégicas, incluindo de defesa contra mísseis balísticos e operações de segurança marítima. A inclusão de navios de comando e controle, fragatas da Marinha italiana e um número significativo de outras embarcações e aeronaves, sublinha a magnitude e a seriedade do exercício, que parece a preparação para um grande conflito iminente.
A resposta da China a esses exercícios é compreensível, dada a sua própria postura militar e aspirações geopolíticas na região. A presença maciça dos EUA no Mediterrâneo Oriental, uma região estrategicamente vital, é vista como uma ameaça potencial aos interesses chineses.
Este exercício também tem implicações significativas para várias outras potências regionais. O especialista em segurança naval e marítima Sebastian Bruns, do Centro de Estudos Estratégicos e Internacionais dos EUA, destacou que o Irã, um aliado próximo da China, não ignorará esta demonstração de força.
Além disso, os EUA enviaram algumas aeronaves de reconhecimento não tripuladas sobre Gaza para apoiar os esforços de resgate de reféns de Israel, indicando um envolvimento mais profundo no conflito em curso. Isso não apenas demonstra um ativo compromisso dos EUA com seus aliados no Oriente Médio, mas também sinaliza uma postura mais assertiva na região, disposição para envolvimento em conflitos, que pode ser interpretado como uma provocação por adversários como o Irã.
A presença de navios do Segundo Grupo Marítimo Permanente da OTAN no Mediterrâneo Oriental também é um fator crucial. Isso reflete não apenas a força militar dos EUA, mas também a solidariedade e o apoio de seus aliados da OTAN, o que acaba complicando a situação, pois o conjunto pode ser visto como um contrapeso à influência crescente da China e da Rússia na região.