O técnico da seleção amazonense de vôlei sub 16, Walhederson Brandão Barbosa, foi preso em Manaus, na manhã desta terça-feira (14). A Polícia Civil do Amazonas informou que flagrou o homem, de 40 anos, dormindo com dois jogadores de 15 anos, na cama dele.
Em nota, a Federação Amazonense de Voleibol repudiou o caso, e disse que está à disposição das autoridades, para prestar esclarecimentos.
Segundo a polícia, técnico é suspeito de abusar sexualmente dos jogadores, que têm de 15 a 17 anos.
A Operação Bloqueio, que resultou na prisão de Walhederson, ocorreu no início da manhã desta terça-feira (14). Policiais civis da Delegacia Especializada de Proteção à Criança e Adolescente (Depca) prenderam o técnico de vôlei casa dele, na Vila da Prata, na Zona Oeste.
Segundo a polícia, seis adolescentes estão morando com ele. Quando os investigadores entraram na casa do suspeito, encontraram dois adolescentes de 15 anos dormindo com o técnico na cama.
Até agora, cinco vítimas prestaram depoimento à Polícia Civil. Elas afirmaram que, em troca de vaga no time, precisavam fazer sexo com o suspeito.
“Ele praticava atos sexuais com os adolescentes com a promessa de torná-los atletas profissionais em times de prestígio”, afirmou a Polícia Civil.
Ainda segundo a polícia, o técnico da seleção amazonense filmava os estupros.
A Justiça decretou a prisão temporária dele, por 30 dias. O homem deve responder por favorecimento à prostituição e exploração sexual dos próprios alunos.
Após a prisão, a Federação Amazonense de Voleibol se manifestou, em nota. A instituição disse que não tolera qualquer tipo de assédio. “Seus profissionais devem ter, além da competência que o cargo exige, compromisso com a conduta pessoal”, afirmou a nota.
Segundo a federação, o técnico foi suspenso. “Enquanto as autoridades tomam as devidas providências, a FAV opta por suspender o referido técnico de todas as atividades oficiais desta federação, bem como suspender por tempo indeterminado o registro Nacional de treinador no Sistema Nacional de Registro”, disse.
A entidade afirmou que não recebeu registros que indicassem a ocorrência dos casos registrados pela Polícia Civil. “A Federação Amazonense de Voleibol em nenhum momento, em busca de qualquer atitude nociva de treinador, encontrou qualquer tipo de ocorrência que nos levasse ao conhecimento das atitudes repugnantes do envolvido”, diz a nota da instituição.
G1