Gleisi Hoffmann (foto), essa figura impoluta, foi à rede social X, ex-Twitter, tentar reduzir os danos da revelação de que a mulher de um líder do Comando Vermelho havia sido recebida em audiência no Ministério da Justiça.
Como o Estadão revelou, Luciane Barbosa Farias —mulher de Clemilson dos Santos Farias, o Tio Patinhas, líder da facção criminosa no Amazonas— foi recebida em audiência por dois secretários da pasta de Flávio Dino. O tour da “dama do tráfico” por Brasília também incluiu encontros com Guilherme Boulos e André Janones.
“Ora, ora! O vice de Bolsonaro chegou a receber no gabinete em agenda extraoficial um suspeito de tráfico. O filho do inelegível chegou a empregar a mãe e a mulher do chefão da milícia do Rio. E ainda homenageou o miliciano que chefiava o Escritório do Crime”, escreveu a deputada e presidente do PT no X.
“E agora o bolsonarismo vem atacar Flavio Dino, que sequer recebeu a tal pessoa? E o Ministério da Justiça não pode receber organização de familiares de presos? Pra falar de @FlavioDino, no mínimo, tem que ter moral!”, acrescentou Gleisi.
O que a presidente do PT fez tem um nome em inglês, whataboutism. É uma falácia em que, em vez de responder ao que é dito —no caso, o Ministério da Justiça e Segurança Pública recebeu a mulher do líder de uma facção criminosa—, a pessoa aponta outro erro.
O Antagonista