A Comissão de Relações Exteriores e Saúde Global do Capitólio, liderada pelo deputado Chris Smith (R-NJ), realizou uma audiência na quarta-feira, 8 de novembro, com o objetivo de denunciar o viés duradouro da ONU contra Israel. O foco principal desse encontro foi a Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados da Palestina no Oriente Próximo (UNRWA) e sua preocupante promoção do antissemitismo entre a juventude palestina.
“Não se engane, o antissemitismo está no cerne da hostilidade da ONU contra Israel, é repugnante, maligno e se manifesta em quase todas as entidades da ONU”, disse Smith, que presidiu a audiência e é autor da lei que criou o Enviado Especial para Monitorar e Combater o Antissemitismo no Departamento de Estado dos EUA, além de outra lei que promoveu e fortaleceu o status do Enviado Especial para o cargo de Embaixador, reportando diretamente ao Secretário de Estado.
“A ONU é, inquestionavelmente, a principal legitimadora do antissemitismo no mundo, incluindo em suas formas mais virulentas e violentas”, disse Smith, presidente da Audiência sobre Direitos exteriores e presidente do Subcomitê de Direitos Humanos Globais da Câmara dos Representantes dos EUA.
O deputado Smith transmitiu uma mensagem poderosa, destacando a urgência de lidar com essa questão. Ele enfatizou a necessidade de os Estados Unidos e a comunidade internacional responsabilizarem a ONU por suas ações e exigirem o fim dessas práticas tendenciosas. Smith apontou para as recentes atrocidades genocidas cometidas pelo Hamas, incluindo atos de terrorismo e ataques indiscriminados com mísseis, como resultado direto do antissemitismo desenfreado fomentado e permitido pela ONU. Ele também enfatizou que Israel tem o direito absoluto de se defender contra essas invasões covardes e massacres.
A audiência contou com a participação de destacados representantes da Câmara, incluindo a deputada Kathy Manning (D-NC), o deputado Joseph Markowitz (R-FL), o deputado Brad Schneider (D-IL), a deputada Susan Wild (D-PA), o deputado French Hill (R-AR), o deputado Mike James (R-MO) e o deputado Joe Wilson (R-SC). Eles enviaram uma mensagem contundente condenando a constante discriminação da ONU contra Israel e pedindo uma mudança na perspectiva da comunidade internacional.
Entre as testemunhas que depuseram, estava Hillel Neuer, diretor executivo do UN Watch, que pediu a demissão de Francesca Albanese, Relatora Especial da ONU sobre a situação dos direitos humanos na Palestina. Smith chamou a atenção, durante a audiência, para as “preocupantes declarações recentes” de Albanese sobre o direito de autodefesa de Israel. Ela argumentou que Israel não possui tal direito, o que é absurdo e perigoso.
Durante a audiência, foi dada atenção ao problema da UNRWA e das crianças expostas ao ódio antissemita. Foi destacado que os Estados Unidos, sob o presidente Joe Biden, contribuem com 1 bilhão de dólares destinados à UNRWA, apesar de a administração anterior ter interrompido esse financiamento devido a preocupações com a prevalência de antissemitismo nessas instituições.
Manning ressaltou como o viés anti-Israel da ONU mina as perspectivas de paz na região, isolando injustamente o Estado judeu. Outros representantes expressaram sentimentos semelhantes, destacando a necessidade de equidade e justiça nos fóruns internacionais. Schneider chamou a atenção para a falta de ação da ONU em questões críticas, como a situação de reféns em Gaza, ressaltando ainda mais as deficiências da organização.
Smith revelou o papel da UNRWA na perpetuação do ódio contra os judeus entre a juventude palestina. Ele mencionou relatórios do UN Watch e do IMPACT-SE que documentam a contratação deliberada de professores pela UNRWA que elogiam Hitler, glorificam ataques terroristas contra crianças israelenses e propagam teorias da conspiração antissemitas.
A Câmara de Comércio Judaica Ortodoxa, representada por seu fundador e CEO, Duvi Honig, enviou um depoimento à Comissão de Relações Exteriores, destacando o tratamento injusto que Israel recebe da ONU. Honig ressaltou como o propósito original da ONU, de promover a paz e a segurança global, tem sido cada vez mais minado pelo viés contra Israel.
A nomeação do Irã para chefiar o Comitê de Direitos Humanos da ONU, apesar das violações de direitos humanos do próprio país, ao mesmo tempo em que condena Israel por suas ações, levanta questionamentos sobre o compromisso da ONU com a justiça, afirmou Honig.
Essa audiência histórica realizada pela Comissão de Relações Exteriores e Saúde Global da Câmara dos Representantes dos EUA representa um momento crucial na luta pelos verdadeiros direitos humanos e serve como um lembrete do compromisso inabalável dos Estados Unidos em promover a justiça e a igualdade nos assuntos internacionais. Com isso, a Câmara está enviando uma mensagem forte de que os EUA e a comunidade internacional devem defender os verdadeiros direitos humanos, denunciar, retirar financiamento do terror e tratar todas as nações de forma justa e igualitária.
Jerusalém Post