O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou, nesta segunda-feira (13/11), que receberá os brasileiros e familiares do voo de repatriação da Faixa de Gaza. No domingo (12/11), o grupo de 32 pessoas iniciou a jornada para deixar a zona da guerra entre Israel e o grupo extremista Hamas, da Palestina. Nesta segunda, eles decolaram rumo ao Brasil.
A previsão de pouso da aeronave da Força Aérea Brasileira (FAB) é às 23h30, em Brasília. Pela rede social X (antigo Twitter), o presidente escreveu: “A segunda-feira começa com muito trabalho. Reunião com ministros, cerimônia de sanção do projeto de lei que atualiza a Lei de Cotas e, à noite, vou receber os brasileiros e parentes palestinos que chegam ao Brasil de Gaza”.
Os brasileiros e parentes decolaram de Cairo, capital do Egito, na hora prevista, às 11h50 no horário local (6h50 na hora de Brasília). A expectativa é de duas paradas técnicas: uma em Las Palmas, na Espanha; e outra na Base Aérea do Recife, em Pernambuco, já no Brasil. Inicialmente, a primeira parada seria em Roma, mas houve mudança de itinerário.
No grupo, 22 são brasileiros e 10 possuem nacionalidade palestina. São 17 crianças, nove mulheres e seis homens a bordo. A princípio, a lista tinha 34 pessoas, mas duas mulheres da mesma família desistiram antes de cruzar a fronteira.
A Operação Voltando em Paz já repatriou mais de 1,4 mil pessoas e 53 pets.
Outras tentativas do governo Lula
Em mais de um mês de guerra, o grupo torcia para deixar mais cedo a Faixa de Gaza. Além dos outros nove voos de repatriação concluídos pela FAB, a passagem de Rafah, ponto de saída do conflito, tem sido aberta para estrangeiros desde 1º de novembro, mas sofreu interrupções, incluindo na quarta-feira (8/11) e sexta-feira (10/11).
Segundo o ministro Mauro Vieira, das Relações Exteriores, representantes de Israel haviam firmado para quarta-feira a autorização dos brasileiros cruzarem a fronteira por Rafah, mas isso não se concretizou.
Na sexta, a lista com os nomes do grupo foi aprovada, mas eles estavam impedidos de fazer a travessia, porque a passagem de Rafah fechou após a forte presença militar de Israel ao redor dos hospitais em Gaza.