Assassinato de mulheres caiu em todo o país, mas deu salto de 16% na região sudeste
Os registros feminicídios e homicídios femininos cresceram 2,6% no Brasil no primeiro semestre de 2023, em comparação com o mesmo período do ano passado.
Já os registros de estupros e de estupros de vulnerável deram um salto de 14,9%. Em números absolutos, 34 mil mulheres foram vítimas desse crime. Do total de casos de estupros, 70% tiveram meninas de até 13 anos como vítimas.
Os dados alarmantes são do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, que divulgou os números nesta segunda-feira (13).
Nos primeiros seis meses de 2023, 722 mulheres foram vítimas de feminicídio no Brasil, contra 704 no mesmo período do ano passado. Os dados têm como fonte os boletins de ocorrência registrados pelas Polícias Civis dos estados e do Distrito Federal.
O Fórum afirma que eles são preliminares e podem ser alterados no curso das investigações ou quando tornarem-se processos.
O número de mortes de mulheres por razões de gênero cresce ininterruptamente no Brasil desde 2019, diz ainda a organização.
O Sudeste é o responsável pelo crescimento da média nacional, já que foi a única região em que o número de feminicídios e homicídios de mulheres subiu.
A variação foi de 16,2%, com 273 vítimas.
No Centro-Oeste houve redução de 3,6% (81 vítimas). No Norte, a queda foi de 2,8% (69 vítimas). Já o Nordeste registrou a maior redução do período: 5,6% (187 vítimas).
O Fórum Brasileiro de Segurança Pública já havia alertado que, apenas em 2022, quase 30% das brasileiras relataram ter sofrido algum tipo de violência ou agressão —índice equivalente a 18,6 milhões de mulheres acima de 16 anos. O número foi o maior já registrado em quatro edições da pesquisa.