Os dois brasileiros presos por suspeita de planejar atos terroristas no Brasil passaram por audiência de custódia na sexta-feira, 10, em São Paulo.
Lucas Passos Lima e Jean Carlos de Souza negaram ligação com o grupo terrorista Hezbollah, diz o G1. Segundo as investigações, os brasileiros já estavam recrutando outras pessoas para finalizar planos de atentados.
Jean Carlos, que vive em Santa Catarina, afirmou em depoimento que viaja com frequência para o Líbano porque trabalha com captação de negócios. Disse ainda que sempre é parado pela Polícia Federal, mas nunca por suposto envolvimento com grupos terroristas.
“Eu acho absurdo isso. Falar: ‘Jean, você é participante de um Hamas, Hezbollah. Não sei como estão falando isso’. Estou preso, eu só queria um pouco mais de respeito em relação a isso. Não sou. Se chegar na minha família, eu não sou terrorista”, disse, segundo o G1.
Já Lucas Passos afirmou trabalhar com regularização de imóveis. Ele já havia sido preso por porte ilegal de arma, há sete anos: “Você sair de um lugar para fazer parte de um grupo em guerra, você sair da sua paz para isso?”, questionou.
Na quarta, 8, o gabinete do primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, informou que o Mossad ajudou a Polícia Federal brasileira na operação Trapiche, que prendeu os dois suspeitos.
A investigação aponta que os terroristas planejavam atacar prédios da comunidade judaica no Brasil. Lucas foi detido ao desembarcar no Aeroporto Internacional de Guarulhos, em São Paulo, ao chegar de uma viagem ao Líbano.
Créditos: O Antagonista.