A ONG de direitos humanos UN Watch, comandada por Hillel Neuer, divulgou nesta terça, 7, um relatório com publicações de vinte funcionários da Agência da ONU para Refugiados Palestinos (UNRWA, na sigla em inglês) no Facebook.
Algumas mensagens são recentes e celebram os ataques do grupo terrorista Hamas, que no dia 7 de outubro invadiu Israel, matou 1.400 israelenses e capturou 240 reféns.
No dia 7, o dia do ataque, o professor Hmada Ahmed (na foto, posando com o crachá da UNRWA) escreveu: “Bem-vindos ao Grande Outubro”. Uma semana depois, ele publicou a seguinte mensagem:
“Esta terra não pode acomodar duas nacionalidades. Somos nós ou eles. Nós somos aqueles que vão ficar, e eles vão passar”, escreveu.
O médico Abedelmeneim Alshrafy, que trabalha na UNRWA na Faixa de Gaza desde 2014, lamentou a morte de um sobrinho, que teria morrido no dia 7, provavelmente durante o ataque do Hamas a Israel. Nesse dia, ele publicou uma foto do sobrinho morto, com uma faixa do Hamas na cabeça (abaixo).
“O martírio do meu sobrinho, Muhammad Raed Al Shrafi… Nós pertencemos a Alá e a ele retornaremos“, escreveu o médico.
Em 2017, Alshrafy já tinha publicado uma colagem de terroristas do Hamas no Domo da Rocha, a mesquita que fica em Jerusalém, no Monte do Templo, e está sob jurisdição da Jordânia. “Em breve, se Alá quiser“, escreveu abaixo da imagem.
Bashir Khamis Ghannan é um pediatra que trabalha na UNRWA, na Faixa de Gaza. No dia 7, ele compartilhou uma mensagem de um instituto acadêmico sobre o massacre.
“Ó Alá, tenha piedade dos nossos mártires e os receba no céu, tenha muita paciência com seus familiares e os fortaleça, proteja suas famílias em Gaza e os fortaleça para que eles possam se recuperar rapidamente com a verdade“, escreveu Ghannan.
A UN Watch lembra que esta não é a primeira vez que a ONG revela condutas antissemitas dos funcionários da entidade. “A resposta frequente da UNRWA à nossa pesquisa tem sido minimizar o problema e menosprezar nossa ONG de direitos humanos“, escreve a UN Watch no relatório. “A UN Watch deixou repetidamente claro que as postagens no Facebook são apenas um sintoma de muito problema sistêmico maior – o fato de que a UNRWA contrata pessoal que apoia o antissemitismo e o terrorismo em primeiro lugar, incluindo cerca de 20 mil professores. Tendo em conta as conclusões deste relatório de que o pessoal da UNRWA regozijou-se descaradamente com as atrocidades do Hamas em 7 de outubro, a UN Watch insta a UNRWA a reexaminar a sua abordagem.”
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