A taxa de juros do cartão de crédito rotativo foi de 441,1% em setembro, informou o Banco Central nesta 3ª feira (7.nov.2023). Em agosto, a taxa estava em 445,5%.
O consumidor cai no rotativo toda vez que opta por pagar uma parte da fatura do cartão de crédito, em vez de efetuar o pagamento integral. Com isso, o restante dos valores devidos são cobrados na fatura seguinte com juros. Caso a situação se repita, juros são cobrados sobre juros, aumentando a dívida.
A taxa do parcelado do cartão de crédito também caiu. Saiu de 194,6% em agosto para 193,8% em setembro. Com isso, a taxa de juros total do cartão de crédito variou de 101,5% para 101,4% no período.
Já a taxa de juros cobrada sobre o cheque especial subiu para 134,4% em setembro. Em agosto, estava em 131,6%.
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Devido às altas taxas de juros, o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, já sinalizou que a o crédito rotativo deve acabar. A proposta foi incluída no projeto de lei do Desenrola, aprovado pelo Senado no início de outubro.
A proposta aprovada estabelece que os bancos apresentem, em até 90 dias depois da promulgação da lei, uma proposta para a redução dos juros do rotativo do cartão de crédito ao CMN (Conselho Monetário Nacional). Se o setor não apresentar uma proposta nesse prazo, os juros serão estabelecidos em no máximo 100% do valor do principal da dívida.
Poder 360