Pelo menos quatro advogados foram presos na semana passada, suspeitos de envolvimento com o Primeiro Comando da Capital (PCC). Os defensores foram alvos da Operação Anjos da Guarda, que desmantelou o plano de resgate de líderes da facção presos nas Penitenciárias Federais de Brasília e Porto Velho (RO). Entre eles, Marcos Willians Herbas Camacho, o Marcola, que foi transferido de Brasília para a capital de Rondônia em março deste ano.
Uma das advogadas, Kássia Regina Brianez Trulha de Assis, de 41 anos, foi presa suspeita, que cumprirá prisão domiciar, conforme determinação da Justiça Federal, com uso de tornozeleira eletrônica.
De acordo com o jornal O Globo, Kássia disse que precisa cuidar do filho com Transtorno de Espectro Autista (TEA). Com a decisão judicial, a advogada só poderá sair de casa em situação de emergência médica. A advogada estava no Presídio Militar de Campo Grande (MS) há seis dias e deixou a cadeia hoje.
Kássia atuou ao lado de Marcola, líder da maior facção criminosa do Brasil, como ponte de informação com outros detentos. Ele foi condenado a mais de 300 anos de prisão e já está encarcerado há duas décadas. Aos 54 anos, porém, ele está envolvido em um plano para fugir do presídio localizado em Rondônia.