Documentos da investigação da PF sobre o plano do PCC para sequestrar o senador Sergio Moro (União Brasil) mostram que os suspeitos tiveram acesso a um sistema de monitoramento do governo de São Paulo.
A informação está em relatório do Grupo Especial de Investigações Sensíveis apresentado à Justiça Federal para e expedição dos mandados de prisão, e obtido por O Antagonista.
Os suspeitos usaram sistema de câmeras de trânsito para localizar viatura da Polícia Civil de São Paulo.
Foto: Reprodução/O Antagonista.
“Parceiro, precisava saber onde esse carro andou de sábado até hoje. Consegue dar uma força para mim? Pra ver no Detecta lá”, escreveu um dos suspeitos junto à foto da placa do veículo.
No relatório, assinado pelo delegado Martin Bottaro Purper, afirma-se que “temos indicativo claro de que os investigados têm acesso a dados que deveriam ser sigilosos, o que permite a eles agir com desenvoltura na prática de crimes, pois conseguem identificar veículos das forças de segurança”.
Ainda segundo os documentos obtidos pelo Antagonista, o sequestro de Moro custaria R$ 564 mil; o senador era chamado de Tokio pelos suspeitos; e a facção mantinha caderno com os dados dele.
Fonte: O Antagonista.