Felipe Massa compareceu neste sábado (4/11) ao Autódromo de Interlagos para acompanhar o Grande Prêmio de São Paulo de Fórmula 1. O piloto trava uma batalha jurídica com a Federação Internacional de Automobilismo (FIA) e a própria F-1 pelo reconhecimento do título mundial de 2008, diante do caso Cingapuragate, em que Nelsinho Piquet bateu seu carro de propósito para favorecer seu então companheiro de Renault, Fernando Alonso, naquele ano.
O brasileiro afirmou que tem entrada livre aos Grandes Prêmios por causa da credencial que possui e recebeu um convite do chefão da Fórmula 1, Stefano Domenicali. Massa reforçou sua intenção de que se faça justiça pelo troféu perdido para Lewis Hamilton na ocasião. Quem também esteve no paddock do GP de São Paulo foi Nelsinho Piquet.
“Estou aqui como convidado da F-1, no meu quintal, recebendo o carinho no paddock. Estou aqui como torcida, sempre fui apaixonado pela F-1 e pela Ferrari. Nada tira a luta pela justiça, vamos até o final. É sempre bacana estar aqui no paddock da F-1. A minha credencial é para o ano inteiro. Eu nem precisava ser convidado. Rolou o convite, logicamente, para mim e para minha família. Tenho certeza de que será um grande evento”, afirmou Massa, que estava acompanhado de seu advogado, Bernardo Viana.
O ex-ferrarista ainda disse estar surpreso pela falta de engajamento da escuderia de Maranello em sua batalha, uma vez que a equipe é diretamente interessada e somaria mais um título à sua coleção. “Eu não consigo entender por que a Ferrari não está comigo nesta situação. Não é só o título do piloto, mas é um piloto que corria pela Ferrari. Sempre tive um carinho muito grande por eles, continuo tendo. Ainda não aconteceu o apoio, mas acredito que acontecerá, porque é o correto. Até o Toto Wolff (chefe da Mercedes) falou sobre o caso.”
Massa também se manifestou sobre o silêncio dos pilotos da Fórmula 1 sobre o imbróglio jurídico. Na quinta, Lewis Hamilton, Carlos Sainz Jr., Charles Leclerc, Valtteri Bottas e Logan Sargeant protagonizaram um silêncio constrangedor diante da pergunta do Estadão sobre Massa na entrevista coletiva da FIA.
“Eu iria me manifestar (se acontecesse algo semelhante com outros pilotos) porque é uma coisa muito séria. É o esporte, é a Justiça. Eu respeito. Cada um fala o que acha que deve falar. Tem muitos pilotos que me dão suporte, não querendo falar publicamente, até pilotos que estavam naquela sala. Na verdade, nada me tira a força nesta busca. Estou recebendo apoio das pessoas na rua, é uma força muito grande. A Justiça é o mais importante em qualquer situação. Eu não me arrependo de nada. Estou lutando pelo que é justo”, disse o brasileiro.
Questionado se foi desconvidado de outras etapas da atual temporada, Massa confirmou que também foi orientado a não comparecer aos GPs da Itália e do Japão. “Eu não estou trabalhando como embaixador. Para a Itália, seria viagem a trabalho, como embaixador. Foi realmente pedido para eu não ir. Para o Japão, também. E tinha Brasil e Las Vegas. Aqui estou como convidado. Acredito que em Las Vegas eu não deva participar porque seria a trabalho”, disse.
Fonte: Metrópoles.