O embaixador da Palestina no Brasil, Ibrahim Alzeben, criticou as listas de pessoas autorizadas a deixar a Faixa de Gaza rumo ao Egito. Segundo ele, brasileiros e outros estrangeiros provenientes de países em desenvolvimento estão sendo discriminados.
“Não quero exagerar, mas possivelmente é porque somos de Terceiro Mundo e o sangue e a vida daquele Primeiro Mundo vale mais”, afirmou o diplomata palestino, em entrevista ao UOL publicada nesta sexta-feira (3).
Alzeben também disse que a vida dos palestinos valeria ainda menos. “Quando se trata da morte de palestinos, parece um ‘efeito colateral’ e que a vida deles não vale tanto quanto a dos outros”, afirmou.
Os brasileiros que estão em Gaza seguem fora das listas de estrangeiros permitidos a deixar a região. Essa situação se estende desde a última quarta-feira (1º/11), e o Itamaraty enviará questionamentos sobre os critérios de seleção das listas.
Governos estrangeiros dizem que há em Gaza cidadãos de 44 países, bem como trabalhadores de 28 agências, incluindo organismos da ONU. Esses estrangeiros somariam um total de cerca de 7.500 pessoas em Gaza. O Egito estima que 500 pessoas cruzem a fronteira diariamente.
Gazeta do Povo