O Ibovespa sobe nesta terça-feira (31), último pregão de outubro, com leve avanço de 0,45%, aos 113.057 pontos, por volta das 11h30. No mesmo horário, o dólar operava com leve alta de 0,09%, a R$ 5,05.
Investidores operam em compasso de espera pelas decisões de juros no mundo todo, digerindo dados de emprego e acompanhando o cenário fiscal e a temporada de resultados.
Nesta manhã, os papéis da Ambev subiam 3,8% e os do Pão de Açúcar tinham alta de 3,5%, após divulgarem seus resultados no terceiro trimestre, liderando as altas do índice.
A taxa média de desemprego no Brasil foi de 7,7% no trimestre móvel entre julho e setembro, conforme informou o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
O número de ocupados atingiu um patamar recorde na série histórica da Pnad, em 99,8 milhões de pessoas.
Enquanto isso, investidores seguem acompanhando o cenário fiscal, depois de o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, ter evitado responder sobre a possível mudança na meta fiscal do governo, ele voltou a se reunir no Palácio do Planalto.
Desta vez, com ministros do governo e um parlamentar. A agenda estava marcada previamente, mas não consta no sistema oficial devido a instabilidades nos servidores.
Política monetária
Amanhã, o Banco Central do Brasil e o Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA) divulgam suas próximas decisões de política monetária.
Os “mercados globais estão operando com viés predominantemente positivo, ameaçando dar sequência à melhora verificada neste início de semana na véspera de mais uma decisão do Fomc”, disse a Guide Investimentos em relatório a clientes, citando expectativas de que o Banco Central Europeu (BCE) não elevará mais sua taxa de juros após dados desta manhã mostrarem desaceleração da inflação e do crescimento da zona do euro.
Por outro lado, a Guide também destacou dados fracos da atividade fabril da China e temores em torno da “narrativa de que a guerra (entre Israel e Hamas) deve tomar maiores proporções no mundo árabe”.
O destaque da semana, no entanto, é o encontro de dois dias do Federal Reserve, em que o banco central dos EUA provavelmente deixará os custos dos empréstimos inalterados.
“Uma vez que não é esperada nenhuma alteração nos juros, as atenções estarão voltadas para a sinalização dos próximos passos da autoridade”, disse o departamento de pesquisas e estudos econômicos do Bradesco em relatório.
Em geral, quanto mais rígido é o banco central dos Estados Unidos na condução da política monetária, mais o dólar tende a se beneficiar globalmente.
Já no Brasil, o Copom provavelmente cortará os juros básicos em meio ponto percentual, a 12,25%, na quarta-feira, mantendo um ritmo cauteloso de afrouxamento monetário diante do agravamento de riscos externos, previram economistas consultados pela Reuters.
CNN Brasil