O jornal francês Le Monde publicou, na segunda-feira 30, uma reportagem tendo a primeira-dama do Brasil, Rosângela da Silva, como protagonista. Amparada por uma foto de Janja sorrindo, vestida de indígena e fazendo o gesto do coração com as mãos, a publicação trouxe o título: “Janja, primeira-dama do Brasil, e ‘vice-presidente’ do presidente Lula”.
O veículo de comunicação destaca o peso de Janja para formação do primeiro escalão do governo federal. Nesse sentido, o jornal cita como indicação de Janja a cantora baiana Margareth Menezes no comando do Ministério da Cultura.
Seguindo o silêncio da primeira-dama em relação as sucessivas demissões de mulheres do alto escalão do governo do marido, o Le Monde também ignorou a questão. Para o jornal francês, Janja é hoje uma das “figuras mais influentes do Brasil”.
O correspondente Bruno Meyerfeld, de São Paulo, que assina o texto, também não mencionou o fato de a primeira-dama não ter usado, por exemplo, toda a sua “influencia” no amparo imediato às vitimas das enchentes no Rio Grande do Sul, no início de setembro, tragédia que deixou 40 pessoas mortas e centenas de desabrigados.
“Clairement, Janja est aujourd’hui la personne qui a le plus d’influence sur Lula !”
Qui est donc la première dame, troisième épouse du président de gauche et figure centrale du pouvoir brésilien ?
Réponse in @lemondefrhttps://t.co/rafcDHgEIT
— Bruno Meyerfeld (@brunomeyerfeld) October 30, 2023
A “vice” de Lula sobrevoou a região gaúcha 20 dias depois da tragédia, repetindo a postura que teve no período do Carnaval, quando outra tragédia abalou o Brasil matando 44 pessoas no litoral paulista por causa de fortes chuvas. Janja foi acusada pelos opositores de Lula, chamados pelo Le Monde de “extrema direita”, de ter tido “pouca empatia”.
Revista Oeste