Após as manifestações contra Israel realizadas no últimos dias, em muitas lojas da Turquia começaram a aparecer placas e cartazes com escrito “judeus não são permitidos”.
Uma das imagens mais compartilhadas nas redes sociais mostra a placa colocada na porta de uma livraria próxima à Universidade de Istambul, não muito longe do famoso Grande Bazar da maior cidade da Turquia.
Outras imagens mostram táxis com cartazes dizendo que os motoristas não transportam judeus.
Faixas e pichações anti-Israel, juntamente com bandeiras palestinianas, tornaram-se comuns em Istambul.
Ataques anti-semitas foram registrados em localidades fora de Istambul.
No último sábado, em Izmir – uma cidade que já abrigou dezenas de milhares de judeus – uma sinagoga foi atacada e pichada com frases que diziam “Israelassassino”.
O presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, chegou a defender firmemente o ataque terrorista do Hamas do dia 7 de outubro.
Erdogan definiu o Hamas como “grupo que luta para a libertação dos palestinos”.
Em resposta, Israel retirou seu embaixador da Turquia no último sábado, 28.
Em fevereiro de 2020 Erdogan tinha recebido o líder do grupo terrorista em Istambul.
Um político do partido de Erdogan, AKP, Süleyman Sezen, declarou em uma audiência pública que estava orando pela alma de Adolf Hitler, acrescentando que o mundo encontrará a paz quando estiver limpo dos judeus e que o Holocausto estava “inacabado”.
Número de judeus na Turquia diminui ao longo dos anos
Hoje cerca de 15 mil judeus moram na Turquia. Há cem anos atrás, no ano da fundação da República Turca em 1923, os judeus no país eram 80 mil.