O Departamento de Defesa (Pentágono) anunciou um projeto de desenvolvimento de uma bomba nuclear que será 24 vezes mais poderosa do que uma das bombas lançadas sobre o Japão durante a Segunda Guerra Mundial.
Para isso, o Pentágono precisa da aprovação e financiamento do Congresso. Segundo o departamento, a bomba nuclear será chamada de B61-13.
O armamento deverá substituir algumas das mais antigas bombas B61-7. As duas armas detêm poder destrutivo semelhante, com capacidade máxima de 360 kilotons.
A futura arma deve reduzir o número de bombas B61-12 que serão produzidas. O explosivo começou a ser fabricado no ano passado.
De acordo com um comunicado do Pentágono, o B61-13 irá aproveitar a estrutura de produção desenvolvida para o B61-12, compartilhando com esse explosivo de características semelhantes de “segurança, proteção e precisão”.
“O anúncio reflete um ambiente de segurança em mudança e ameaças crescentes de adversários em potencial”, disse o secretário adjunto de Defesa para Política Espacial, John Plumb, no comunicado.
“Os Estados Unidos têm a responsabilidade de continuar a avaliar e colocar em prática as capacidades que precisamos para dissuadir e, se necessário, responder a ataques estratégicos, e dar segurança aos nossos aliados.”
A nova arma
O armamento B61-13 é uma bomba de gravidade, que é projetada para ser solta de uma aeronave sobre o seu alvo.
O Pentágono também afirmou que pretende aposentar a B83-1, uma das mais poderosas do arsenal norte-americano.
No início de outubro, o governo dos Estados Unidos realizou testes altamente explosivos em um espaço destinado a testes nucleares em Nevada.
Segundo o vice-administrador de Defesa e Não-Proliferação Nuclear da Administração Nacional de Segurança Nuclear, Corey Hinderstein, o objetivo dos experimentos era “ajudar a reduzir as ameaças nucleares globais, melhorando a detecção de testes subterrâneos de explosivos nucleares”.
Segundo o Pentágono, a nova arma poderá ser entregue por aeronaves modernas e será projetada para dar ao presidente norte-americano “opções” para atacar alvos militares difíceis e de grande área.
Revista Oeste