Jatos de Israel atacaram o norte da Faixa de Gaza, na noite sexta-feira (27/10, horário local) e atingiram mais de 150 alvos subterrâneos, principalmente túneis e bunkers, do grupo extremista Hamas. Militares afirmaram também que tanques e outras forças continuaram com incursões terrestres limitadas pelo terceiro dia seguido.
Explosões iluminaram o céu da Cidade de Gaza durante horas. Como resultado, segundo militares, “vários terroristas do Hamas foram mortos”.
Entre eles, dizem israelenses, está o chefe do sistema aéreo do Hamas, Issam Abu Rukbeh. As Forças de Defesa de Israel (FDI) e o serviço secreto Shin Bet afirmaram que Abu Rukbeh era responsável pelo gerenciamento dos drones, veículos aéreos não tripulados, parapentes, sistemas de detecção aérea e defesas aéreas.
Há informações de que ele foi um dos responsáveis por planejar e executar os ataques de 7 de outubro pelo Hamas. Naquele dia, terroristas que entraram no sul de Israel em parapentes e também usaram drones, matando milhares de civis.
Outra vítima teria sido comandante das forças navais do Hamas na Cidade de Gaza, Rateb Abu Sahiban. Ele seria o chefe de uma tentativa de infiltração do Hamas por mar em 24 de outubro.
Os israelenses afirmaram que não houve vítimas nas suas fileiras.
Relatos do outro lado após ataques de Israel
Informações sobre a situação em Gaza, faixa de terra costeira com 2,3 milhões e governada pelo Hamas, eram poucas, principalmente porque falta internet e serviços móveis. Mas imagens feitas a partir das fronteiras do território mostram os ataque aéreos noturnos. Alguns relatórios vindos de autoridades e jornalistas palestinos falam em “situação caótica”.
O próprio braço militar do Hamas confirmou que havia combates contras as Forças de Defesa de Israel na noite de sexta, mas sem especificar o local. Entretanto, há relatos vindos das cidades de Beit Lahia, Beit Hanoun e Burej.
O extenso sistema de túneis do Hamas em Gaza sempre foi um dos alvos prioritários. É por eles que os extremistas se deslocam escondidos. O refém libertado Yocheved Lifshitz, 85 anos, afirmou que ela e outros prisioneiros andaram por esses túneis durante o cativeiro.
Créditos: Metrópoles.