São Paulo — O Comando Militar do Sudeste pediu a prisão preventiva de seis militares suspeitos de envolvimento no furto das 21 metralhadoras do Arsenal de Guerra de São Paulo, em Barueri, e aplicou “punição disciplinar” a outros 17 militares por “falha de conduta” na fiscalização do armamento.
A punição ocorre 16 dias após a descoberta do furto de 21 metralhadoras do quartel na Grande São Paulo, revelado pelo Metrópoles. Além deles, outros sete militares são investigados criminalmente por suposto envolvimento no furto do armamento. Até o momento, 17 metralhadoras foram recuperadas.
Um cabo que era motorista do ex-diretor Arsenal de Guerra de São Paulo é suspeito de usar um carro oficial do tenente-coronel Rivelino Barata de Sousa Batista para levar as armas para fora do quartel, onde seriam negociadas com facções criminosas em São Paulo e no Rio de Janeiro.
Batista, que não é formalmente investigado, foi exonerado do cargo e será transferido de unidade.
Os 17 militares punidos disciplinarmente integravam a lista dos 20 integrantes do Arsenal de Guerra que eram alvos de apuração disciplinar por parte do Exército por suposta negligência no controle do armamento. O Comando Militar do Sudeste não detalhou qual punição disciplinar foi aplicada.
Das 17 armas recuperadas pela polícia, oito estavam na Gardênzia Azul, comunidade na zona oeste do Rio de Janeiro, e nove enterradas na lama em uma região isolada de São Roque, cidade do interior paulista. Ninguém foi preso até o momento. As polícias civil e militar ainda buscam as quatro armas restantes.
Os sete militares suspeitos de participação no furto de 21 metralhadoras podem pegar até 27 anos de prisão.
Metrópoles