Callixte Nzamwita, um ruandês de 71 anos, teve sua história contada em documentário
“A razão pela qual me tranquei aqui dentro e coloquei uma cerca na minha casa é porque quero ter a certeza de que as mulheres não se aproximarão de mim”, afirma.
Segundo a publicação, Nzamwita sofreria de ginecofobia, que é uma aversão severa às mulheres — embora esse não seja formalmente classificado como um transtorno pela área médica.
Nzamwita relata que começou a se isolar ainda quando tinha apenas 16 anos. A partir de então, segundo ele, passou a fazer toda a sua rotina diária sozinho. No pequeno espaço da sua casa, ele conta cozinhar, dormir e fazer suas demais atividades diárias normalmente, confinado em sua própria residência.
‘Ele não deixa a gente chegar perto dele’
“Quando tentamos ajudá-lo, ele não quer que nos aproximemos ou falemos com ele. Em vez disso, damos-lhe coisas, atirando-as para a sua casa. Ele não deixa a gente chegar perto dele, mas ainda assim aceita à distância o que oferecemos”, conta uma mulher que mora próxima a Callixte.
Em que momento as fobias específicas normalmente surgem?
O Serviço Nacional de Saúde da Inglaterra (NHS, sigla em inglês) aponta que essas fobias específicas giram em torno de um determinado objeto, animal, situação ou atividade e que elas podem frequentemente surgir durante a infância ou a adolescência, podendo tornar-se menos graves com o passar dos anos.
“A maneira como vivo é suficiente para mim. Eu não tinha ideia de ter uma mulher e estou bem com isso. Não quero mulheres perto de mim porque elas me deixam com muito medo”, defendeu Nzamwita.