Se você não tem tempo para praticar um esporte ou ir à academia, saiba que subir 50 degraus de escada todos os dias pode ser uma boa opção para preservar a saúde do coração. O número de ouro vem de um estudo feito por pesquisadores da Universidade Tulane, nos Estados Unidos.
De acordo com os cientistas, quando uma pessoa sobe escadas com curtas rajadas de alta intensidade, ela ganha melhor aptidão cardiorrespiratória e melhora as taxas de lipídios, como colesterol e triglicerídeos.
“Essas descobertas destacam as vantagens potenciais de subir escadas como medida preventiva primária para doenças cardiovasculares ateroscleróticas na população em geral”, afirmam os autores do estudo publicado na revista Atherosclerosis.
A aterosclerose é a principal causa de infartos e acidente vascular cerebral (AVC), doenças que matam cerca de 200 mil pessoas todos os anos no Brasil. A inflamação progressiva do sistema circulatório acontece devido ao acúmulo de gordura nos vasos sanguíneos. A gravidade do quadro depende da importância da artéria obstruída.
No novo estudo, os pesquisadores analisaram dados de 458.860 britânicos adultos disponíveis no UK Biobank. Os participantes foram acompanhados por cerca de 12 anos. Nesse período, eles foram questionados sobre a frequência com que subiam escadas e a quantidade de degraus diários.
50 degraus por dia
Os pesquisadores queriam entender como o hábito de subir escadas afeta o risco de desenvolvimento de doença cardiovascular aterosclerótica. Foram levados em consideração também outros fatores de risco, como histórico familiar.
As pessoas que subiam cinco lances de escada diariamente, cerca de 50 degraus, tinham o risco de sofrer doenças cardiovasculares, como derrame, coágulos sanguíneos e ataque cardíaco, reduzido em 20% em comparação com aquelas que não faziam.
Os participantes que pararam de subir escadas entre o início do estudo e a conclusão dele tiveram um risco maior de doença cardiovascular aterosclerótica em comparação com aqueles que nunca subiram escadas.
“Este estudo fornece novas evidências dos efeitos protetores da subida de escadas no risco de doença cardiovascular aterosclerótica. Este foi particularmente o caso de indivíduos com múltiplos fatores de risco”, afirmam os autores da pesquisa.
Metrópoles