O presidente da Comissão de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado, deputado Sanderson (PL-RS), informou nesta terça-feira (24) que enviará à Procuradoria-Geral da República (PGR) uma representação contra o ministro da Justiça, Flávio Dino.
Os deputados aguardavam Dino na sessão da manhã, mas o ministro não compareceu e, pelas redes sociais, justificou sua ausência dizendo que corria risco de agressão.
Ao saber da justificativa, que não foi encaminhada à Comissão, mas sim ao presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), Sanderson considerou um “absurdo” e uma acusação “gravíssima”.
– Isso é um absurdo e nós não vamos aceitar. Um grupo grande de parlamentares aqui da Comissão irá ao presidente da Câmara, mas a representação já está pronta para a PGR. Além do crime de responsabilidade, há outras infrações [na justificativa apresentada]. Eu encaro como constrangimento. Não dá para aceitar – disse.
O deputado Lucas Redecker (PSDB-RS) disse que a declaração de Dino é uma afronta ao Congresso Nacional e que Lira deve tomar providências contra o ministro.
– Isso demonstra que a Câmara é um ambiente de insegurança, que não leva segurança a um ministro de Estado. E isso abre precedentes para outros ministros e também para a sociedade dizendo que aqui tem bandidos que andam armados e aqui não tem bandidos – reforçou.
O deputado Delegado Paulo Bilynskyj (PL-SP) foi além, e disse que a fala de Dino sobre a possibilidade de ser agredido por um deputado armado é “um delírio” e que o ex-governador do Maranhão precisa de tratamento psiquiátrico.
– A gente tem que ser racional com pessoas racionais. A gente tem que questionar, pelo bem do Brasil, será que o ministro Flávio Dino tem condições psicológicas para ocupar o cargo? Temos que falar aqui de incapacidade psicológica – disse.
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