O presidente da Lukoil, segunda maior produtora de petróleo da Rússia, Vladimir Nekrasov, morreu repentinamente nesta terça-feira, 24, aos 66 anos, após sofrer uma “insuficiência cardíaca aguda”.
A informação foi divulgada pela própria Lukoil em uma nota oficial, onde explicou que Nekrasov trabalhou durante quase 50 anos no setor de petróleo e gás e foi primeiro vice-presidente e conselheiro do presidente da empresa.
“Com profundo pesar, anunciamos a morte repentina do presidente do conselho de administração da Lukoil, Vladimir Ivanovich Nekrasov. Segundo a conclusão preliminar dos médicos, a morte ocorreu por insuficiência cardíaca aguda”, aparece na nota.
A Lukoil é uma das poucas empresas russas que criticou abertamente a guerra na Ucrânia.
Em uma nota divulgada no dia 3 de março de 2022, o conselho de administração da empresa expressou a sua preocupação com os “acontecimentos trágicos” na Ucrânia e apelou ao “fim mais rápido possível do conflito armado” através de negociações.
O comunicado permanece no site da empresa.
Mortes suspeitas entre executivos da Lukoil
O antigo chefe do conselho da Lukoil, Ravil Maganov, 67, também morreu prematuramente. O diretor faleceu em setembro de 2022, quatro meses após o começo da guerra na Ucrânia, após cair da janela de um hospital em Moscou.
Poucos meses antes, o bilionário russo Alexander Subbotin, 43 anos, também ligado à gigante petrolífera russa, da qual era o principal executivo, havia sido encontrado morto devido a um ataque cardíaco, que segundo rumores persistentes foi causado por envenenamento.
Duas mortes mais do que suspeitas que abriram uma série de questionamentos e dúvidas sobre o destino destinado aos “inimigos” (reais ou presumidos) do presidente russo Vladimir Putin.
Além de executivos da Lukoil, vários outros empresários russos, a maioria com ligações à indústria energética, morreram em circunstâncias pouco claras e de forma repentina nos meses que se seguiram ao início da guerra.
Revista Oeste